O setor de inteligência do governo dos Estados Unidos enviou um relatório à Casa Branca onde afirma que a China ocultou a extensão do surto de coronavírus em seu país, subnotificando o total de casos e mortes causadas pelo vírus.
O relatório vazado pela agência de notícias Bloomberg afirma que os dados chineses sobre a pandemia são falsos e que isso foi feito intencionalmente pelo regime comunista.
O surto começou na província chinesa de Hubei no final de 2019, mas o país registrou publicamente apenas cerca de 82.000 casos e 3.300 mortes, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Em oposição, os EUA já possuem 189 mil casos e mais de 4 mil mortes.
“A realidade é que poderíamos estar melhor se a China fosse mais transparente”, disse o vice-presidente Mike Pence na quarta-feira à CNN.
Deborah Birx, imunologista do Departamento de Estado que assessora a Casa Branca em sua resposta a peste chinesa, disse na terça-feira que os relatórios públicos da China influenciaram suposições em outros lugares do mundo sobre a natureza do vírus.
“A comunidade médica interpretou os dados chineses como: ‘Isso é sério, mas menor do que se esperava’”, disse ela em entrevista coletiva. “Porque acho que provavelmente estávamos perdendo uma quantidade significativa dos dados, agora que vemos o que aconteceu na Itália e na Espanha”.
A China não é o único país com informações públicas suspeitas. Autoridades ocidentais apontaram o Irã, a Rússia, a Indonésia e, principalmente, a Coréia do Norte, que não relataram um único caso da doença, como prováveis sub-contagens. Outros, incluindo Arábia Saudita e Egito, também podem estar diminuindo seus números.