Há dois meses e meio, a Fundação Nacional do Índio (Funai) está sendo presidida por Antônio Costa, que também atua como pastor na Primeira Igreja Batista do Guará, em Luziânia, cidade goiana vizinha a Brasília.
Em entrevista à BBC Brasil, ele afirma que nunca levou sua vida religiosa para o trabalho, mas apoia as atividades religiosas em aldeias e encara grupos missionários como importantes parceiros da Funai.
“Todos os segmentos que quiserem ajudar as populações indígenas são bem vindos, desde que seja com a concordância dos povos. Muitas das coisas boas que as populações indígenas estão recebendo, estão recebendo dessas missões”, disse Costa.
Um dos exemplos citados por ele é o projeto Missão Evangélica Caiuá, ligado a Igreja Presbiteriana, que realiza trabalhos assistenciais nas tribos indígenas do país. “Eles têm um hospital dentro da aldeia em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Se tirar esse hospital de lá, como ficaria a assistência desses povos?”, questionou.
Diante dos esforços sociais das igrejas, Costa revela que no Mato Grosso do Sul, por exemplo, 95% da população da etnia indígena terena é evangélica. “O país está crescendo, mudando. Geralmente a iniciativa de buscar as igrejas parte dos indígenas”, afirma.