A advogada dos pastores George Alves e Juliana Salles, Milena Freire, falou sobre o caso a um jornal do Espírito Santo. Na entrevista publicada nesta segunda (2) pelo Gazeta Online, a advogada afirma que não há provas contra a pastora e que a prisão de ambos é “absurda”.
“Em relação à Juliana, não existe absolutamente nada e isso ficou muito claro com a coletiva de imprensa que o delegado deu, dizendo que não havia provas em relação a ela”.
Segundo os investigadores as evidencias encontradas não abrem margens para dúvidas e o principal indício que desencadeou a prisão do pastor foram as provas de estupro. No entanto, para a advogada, a perícia falhou e não há como terem encontrado sêmen, por conta da temperatura a que os corpos das crianças foram expostos.
“No entendimento da defesa, as provas são falhas. Como pode ser localizado PSA (substância contida no sêmen) no ânus das crianças que foram submetidas a temperaturas acima de 660 graus se o PSA é uma proteína que se desnatura acima de 40 graus?” questionou.
A defesa ainda defende a versão apresentada pelos pastores de que o caso foi um acidente, sendo o comportamento pós-acontecimento dos dois justificável pela fé que eles têm.
“Foi um acidente gravíssimo que vitimou uma família inteira. Porque, apesar de as pessoas acharem que eles não vivenciarem o luto da forma como consideram como certo, a concepção das pessoas que são afastadas de Deus é diferente das concepções das pessoas que vivem na presença de Deus. Eles sentem, sim, saudade”, disse.