MUNDO| Uma cadeia que não tem um espaço de culto adequado para os presos que se interessam por participar dos cultos organizados por cristãos – ou qualquer outra religião – ganhará uma capela que será construída com doações e mão de obra de voluntários.
Um grupo de empresários da cidade de Greenville, na Carolina do Sul, criou a Fundação Perry Chapel para arrecadar dinheiro para construir uma capela independente na prisão de segurança máxima na cidade.
Há décadas acontecem ações evangelísticas junto aos detentos da prisão, mas nunca foi construída uma capela para que essas reuniões fossem realizadas. De acordo com o portal Greenville News, o capelão Larry Epps recebeu apoio dos empresários da região para tocar a iniciativa.
Epps é o capelão sênior do Perry Correctional Institute, que está trabalhando para arrecadar aproximadamente US$ 500 mil para a obra. Mais de 80% do valor arrecadado até aqui foi doado pelos voluntários, que estão financiando a construção do local.
A capela da prisão deverá estar pronta este ano e será levantada no espaço onde uma placa foi colocada há dez anos anunciando a “Futura Capela de Perry”.
O espaço será construído por voluntários cristãos, mas ficará aberta a todos os segmentos religiosos que desenvolvam trabalhos junto aos presos. A capela terá uma estrutura com espaço para reuniões, aulas, aconselhamentos, tanque para batismo e um escritório para o capelão.
“Deus é incrível!”, escreveu Pat Duncan, voluntário do ministério de prisão, em um comunicado por e-mail para os voluntários quando o valor necessário para a obra alcançou a meta no mês passado. O capelão não tinha um espaço adequado para os 30 presos que o auxiliam e os cerca de 150 outros que frequentam as aulas ou o consultam diariamente com perguntas ou pedidos de aconselhamento. “Estamos num canto em um anexo atrás do ginásio. O escritório do capelão está em um pequeno corredor”, contou um voluntário. “É como estar em uma lata de sardinha”, ilustrou.
“Este é o trabalho mais procurado”, diz Epps que tem 49 anos e chama seu espaço apertado de “oásis”.
Steve Trakas, um dos voluntários que trabalham junto aos presos, faz visitas ao local pelo menos uma vez por mês nos últimos onze anos. “Eu compartilho coisas sobre a minha vida? Eles compartilham coisas sobre a deles? Absolutamente. Para mim, é espiritualmente uma das coisas mais gratificantes que eu faço. É o meu testemunho. Eu ando naqueles portões e vejo Cristo em ação toda vez que entro”.
Trakas, um empresário da região, comentou que seu trabalho é garantir aos presos que eles não foram esquecidos. “Uma capela independente seria um lembrete físico diário para aqueles homens de que a Salvação não está fora do alcance de ninguém”.