Diversos candidatos que realizaram neste domingo (8) as provas da Secretária de Educação, Qualidade e Ensino do Amazonas (Seduc) reuniram-se na sede do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), na Zona Oeste de Manaus, para solicitar a anulação geral das provas do concurso.
As provas para o cargo de professor de ensino médio já foram anuladas após denúncias de contrariedades na aplicação dos exames, entre os quais estão atrasos na chegada dos malotes, substituição de provas em municípios, além de complicações nos transportes de malotes, assim como alguns malotes com lacres rompidos.
Além de pedir a anulação das provas, os candidatos exigem a continuidade do Instituto Acesso de Ensino, Pesquisa, Avaliação, Seleção e Emprego (Instituto Acesso) como responsável pelo concurso.
Guilherme Faiale requisita que os problemas no concurso seja investigados: “Eu como candidato gostaria do cancelamento do concurso e saída da banca do Instituto Acesso, pois eles não têm competência para organizar esse concurso para o estado do Amazonas e todas essas irregularidades sejam investigadas pelo Ministério Público”.
Na manifestação, dois candidatos e um professor se reunirão com a promotora Delisa Oliveira Vieiralves, titular da 59° Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos à Educação para discutir o caso. De acordo com a promotora, houveram diversas denúncias de irregularidades, nos quais estão problemas para identificação dos candidatos e envelopes supostamente abertos.
“Ocorreram situações que são relevantes. (…) Acabei de entrar em contato com o Tribunal de Contas para fazermos juntos uma recomendação ao secretário, no sentido de pedir a suspensão do concurso, que significa que não se possa, nesse momento, tomar nenhuma providência, como lista de candidatos, a aprovação, até que sejam esclarecidos todos esses fatos”, afirmou.
A Seduc esclareceu que “tem tratado o caso com total transparência” e está “totalmente aberta em colaborar com qualquer questionamento feito pelos órgãos de fiscalização”.