Uma espécie de manifesto, assinado pelo criador do evento, que se autodenomina Apo Panthos Kakodaimonaz, convida os interessando em para marchar “nas ruas em glória a nosso pai, Satanás… Para não dizer que estamos copiando a Marcha Para Jesus, os participantes da Marcha Para Satanás estão proibidos de pregar ódio contra homossexuais, mulheres, trans…Também queremos exigir que Bolsonaro, Cunha, Malafaia e Feliciano cometam suicídio”.
Replicando o evento de São Paulo, surgiram páginas do evento na mesma data em Porto Alegre, Rio de Janeiro, Maceió. Todas usam a mesma imagem, uma representação da Santa Ceia, tendo uma figura demoníaca no centro.
Em todas, os organizadores afirmam que o evento é real e alegam que as leis do país asseguram liberdade de expressão e liberdade religiosa, por isso têm o mesmo direito que os cristãos de expressar sua fé publicamente.
Os comentários deixados por cristãos são rebatidos e ridicularizados. Proliferam os palavrões, as ofensas à fé e as ameaças contra cristãos. Algumas mensagens chegam a pedir a morte de líderes e incentivam que igrejas sejam queimadas e saqueadas.
Apesar de a chamada “zoeira” ser a norma em dezenas de páginas do Facebook, o que pode ser visto nestas é a disposição de pessoas que se denominam “ateus” a se juntarem aos que se consideram “satanistas” para realizar, de fato, um ato público cujo sentido é apenas provocar a maioria cristã do país.
Nos últimos anos, o satanismo tem se exposto muito mais. Nos Estados Unidos, onde a primeira igreja do gênero foi fundada, foi inaugurada recentemente a primeira estátua para adoração pública de Lúcifer. Seus templos têm se multiplicado e seus seguidores têm conquistado politicamente os mesmos direitos dos cristãos.