Segundo informações do Ministério da Saúde, o Brasil tem 18 imunizantes contra a Covid-19 em desenvolvimento atualmente – todos em fase inicial.
Em São Paulo, a Butanvac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, está em fabricação e aguarda autorização da Anvisa para iniciar aplicação experimental em voluntários.
Outra vacina que também está em estágio mais avançado é Versamune, que é desenvolvida pela USP de Ribeirão Preto, em parceria com a Farmacore. A empresa e o laboratório devem entregar os documentos à Anvisa para começar os primeiros testes em humanos ainda esta semana.
Os pesquisadores alertam que, para alcançar uma autorização e produção em massa, é preciso apostar em novas fontes de financiamento.
“É muito importante o envolvimento de outros parceiros, não só o parceiro público, não só o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), por exemplo, mas os parceiros privados, as bancadas parlamentares de cada estado da federação, de uma forma geral. É importante a gente somar esses esforços para conseguir os recursos adequados”, informa o pesquisador da UFMG, Flávio da Fonseca.
Até agora, foram gastos R$25 milhões na chamada fase de testes pré-clínicos para a Versamune. Entretanto, para passar pelas três fases de testes em humanos – onde até 30 mil pessoas recebem o imunizante – o projeto, que conta com investimento federal, necessita de ainda mais apoio financeiro.
“Houve um corte do Governo Federal no orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia em geral. Até o momento, o projeto não foi afetado por esse corte. O valor maior, que é o de R$300 milhões, é referente a fase três. A gente ainda precisa trabalhar isso com o governo para ver como o ministério vai recompor essa verba”, explica a CEO da Farmacore Biotecnologia, Helena Faccioli.
Outra esperança de vacina é a Spintec, produzida em Belo Horizonte na Universidade Federal de Minas Gerais. A UFMG conseguiu R$30 milhões, da prefeitura da capital mineira, para continuar os estudos e já recebeu a primeira das cinco parcelas de R$6 milhões cada.
O Ministério da Ciência e Tecnologia afirma que o Ministério da Economia enviou um projeto de lei ao Congresso propondo a liberação de R$415 milhões para as vacinas, sendo R$115 milhões para as mais adiantadas.
Fonte: G1