BRASIL| O presidente Jair Bolsonaro foi entrevistado, na madrugada desta sexta-feira (30), pelo humorista e apresentador Danilo Gentili, que comanda o talk show “The Noite”, no SBT (Sistema Brasileiro de Televisão). A conversa foi gravada a pedido de Silvio Santos, dono da emissora.
A entrevista iniciou com o agradecimento do apresentador pela presença de Bolsonaro, justificando que os antecessores do presidente também foram convidados quando ocupavam o Palácio do Planalto, mas recusaram participar do talk show.
Danilo Gentili então falou sobre a vida de Bolsonaro, questionando sobre o que havia mudado a partir de sua vitória nas urnas. O presidente afirmou que ele não tem mais a mesma liberdade, que não pode sair de casa ou ficar em áreas onde possa virar alvo de drones, atiradores ou passear no shopping.
Jair Bolsonaro voltou a afirmar que encara sua vitória nas urnas como uma “missão de Deus”, mas reconhece que não é algo fácil e que o desafio é enorme. Ele também falou sobre a dificuldade de governar no país, pois a responsabilidade lhe obriga a mudar alguns aspectos de sua vida.
Na entrevista, o apresentador questionou Bolsonaro sobre o atendado que ele foi alvo. O assunto causou forte emoção no presidente, que derramou lágrimas enquanto tentava falar sobre o ocorrido.
Ele também afirmou que quando chegou em Juiz de Fora avisou a equipe de segurança que era a última vez que ficaria no meio do povo, pois sabia que havia ameaças contra sua vida.
Sobre as apurações do crime, Bolsonaro disse ter convicção de que Adélio, autor do atentado, não agiu sozinho e que já conversou com o Ministro da Justiça sobre o assunto, mas afirmou que nunca pressionou o ministro Sérgio Moro sobre as investigações. Ele falou que espera que o caso não fique impune.
Os outros assuntos que também foram abordados na entrevista foram às questões envolvendo os desafios do novo governo na aprovação das reformas necessárias para o avanço do país. Jair Bolsonaro explicou que se a reforma da Previdência, que é o projeto mais importante apresentado, não for aprovada pelo Congresso, o país estará quebrado até 2022.