Nesta terça-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que seu governo preza pela preservação da Amazônia, mas que os recursos da região não podem ficar escondidos “para sempre”. A declaração foi dada durante cerimônia em Brasília na qual transferiu o Conselho da Amazônia para a Vice-Presidência da República.
De acordo com o presidente, o Conselho irá dar mais soberania à região.
– É um projeto de governo, esperança de dar devida resposta a quem nos critica. No ano passado, um chefe de Estado da Europa [Emmanuel Macron, da França] ousou dizer que a soberania era relativa e outros falaram coisas semelhantes no passado – ressaltou.
Em seu discurso, Bolsonaro também criticou o excesso de demarcações de terras indígenas na região.
– Ninguém é contra dar a devida proteção e terra aos nossos irmãos índios, mas a forma com que foi feita [demarcação] é um tanto abusiva – apontou.
Ele ainda falou sobre projeto enviado pelo seu governo à Câmara que permite a exploração de terras indígenas.
– Nossos irmãos índios, se assim o desejarem, poderão fazer aquilo tudo que o colega branco fazendeiro faz ali do lado. É uma maneira de resgatar isso que parecia que estava perdido – apontou.
O Conselho a Amazônia será presidente pelo vice, Hamilton Mourão, e terá ainda como integrantes os ministros da Casa Civil; da Justiça e Segurança Pública; da Defesa; de Relações Exteriores; da Economia; da Infraestrutura; da Agricultura; da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; de Minas e Energia; do Meio Ambiente; e do Desenvolvimento Regional.
Também farão parte os chefes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Secretaria Geral, da Secretaria de Governo.