Blocos evangélicos agitam foliões no Carnaval

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Foto: Reprodução internet

Enquanto muitos evangélicos saem da cidade para retiros espirituais, algumas igrejas estão (literalmente) colocando o bloco na rua. Mais do que distribuir literatura cristã ou pregar no “corpo a corpo”, eles utilizam trios elétricos e compõem músicas com ritmos como samba, pagode e axé. Em algumas cidades, esse tipo de ação possui uma longa tradição.
A Igreja Batista Atitude, do Rio de Janeiro, causou este ano com “o bloco evangelístico Sou Cheio de Amor”. Formado em 2013, seu objetivo é passar ensinamentos bíblicos através da música, arte e evangelismo. Este ano, o bloco Sou Cheio de Amor arrastou pela orla do Recreio dos Bandeirantes cerca de quatro mil foliões.

Como nas escolas de samba, eles apresentam uma comissão de frente com danças, cerca de 100 integrantes na bateria do bloco, e possuem até um hino/samba-enredo. Na parte final do desfile, o pastor Josué Valandro Júnior entrega uma mensagem. Em 2016, a música-tema do desfile chama-se “Atitude de Amor”. Quem participa do trio é a cantora Fernanda Brum, que é uma das pastoras da Igreja Atitude.

Na cidade de Cabo Frio, também no estado do Rio de Janeiro, a Igreja Projeto Ide usa como estratégia de evangelização o Bloco do Leão, liderado pelo pastor Samuel Belo. Ele comanda o evento que conta com um trio elétrico e seus membros uniformizados formam um bloco em meio aos demais grupos de carnavalescos.

Segundo o pastor Fabrício Valladares, da Igreja CEI, presente no local, o importante é levar Jesus aos perdidos e tentar resgatar almas do reino das trevas. Ele lembra que a palavra de Deus “não volta vazia” e que a igreja faz seu papel de anunciar.

Em Salvador, a Igreja Batista do bairro do Garcia participa do carnaval com um grupo que canta músicas gospel. O pastor Elson de Souza, defende que, há muitas pessoas na folia “em busca da palavra”. Sua igreja já faz esse tipo de trabalho há 17 anos.

“Não parece, mas às vezes, dentro do Carnaval a gente encontra pessoas que estão muito triste, com problemas, situações. Elas aqui recebem essa palavra. São algumas pessoas que estão vivendo uma realidade de drogas, vivendo uma realidade que não está satisfazendo eles a nível de comportamento mesmo”, enfatiza.

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