Um espetáculo único de beleza natural. Os ipês da avenida Djalma Batista entram no período de florescência e, nessa época, além de cores ao cenário urbano de Manaus, eles fornecem também as sementes para a produção de novas mudas. No total, as 315 árvores plantadas ao longo da avenida, pelo projeto “Arboriza Manaus”, iniciam o quarto ano de floração, típica dos meses de verão intenso na Amazônia.
Os ipês, que tradicionalmente florescem entre os meses de setembro e outubro, começam a apresentar flores no mês de julho, desde que se tornaram adultas. No total, o corredor viário conta com mais de 700 árvores plantadas, somadas as outras de espécie pau-pretinho, que também fornece flores, em crescimento nos passeios públicos das duas faixas.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), Antonio Nelson Oliveira Júnior, das mais de 25 mil mudas de árvores plantadas em toda a cidade, aproximadamente, 20% são ipês. “Daqui a mais um ano, teremos ipês florescendo em canteiros centrais de outras vias, como a Constantino Nery, Torquato Tapajós, Max Teixeira, Complexo Viário 28 de Março, avenida Brasil, Ephigênio Sales, além de praças e parques”, detalhou.
O projeto “Arboriza Manaus” realiza também o plantio de pau-pretinhho, jutairana, mungubarana, entre outras espécies nativas, também muito bonitas. Já o “Ornamenta Manaus”, que já ultrapassou a marca de 25 mil mudas plantadas, conta com espécies variadas, como ararinha, perístrofe, alamanda, russela vermelha, ararinha, ixora, entre outras.
Semeação
Visando ampliar o estoque de mudas da espécie, Semmas dará início ao trabalho de coleta de vagens para a retirada de sementes e a propagação das mudas de ipês. O trabalho será feito à noite, por conta do fluxo de veículos na via.
A primeira floração dos ipês da Djalma Batista aconteceu em 2015, mas não foi tão intensa quanto a do ano seguinte. Depois de florescerem, os ipês começam o processo de renovação das folhagens, momento em que todas as flores e vagens caem ficando apenas os galhos das árvores que ganharão novas folhas. Nessa fase, a perda das folhas é um fenômeno natural característico da espécie.
Conforme o diretor Técnico-Operacional da Semmas, Lucas Ourique, a diminuição gradativa das chuvas neste período do ano faz com que as árvores da espécie sintam a falta de água, que é vital para os processos fisiológicos das plantas, por isso, investem na reprodução e, consequentemente, na perpetuação da espécie, por meio do florescimento.