Nos anos 80, a TV brasileira rendeu diversos ícones inesquecíveis. Um deles é o palhaço Bozo, que certamente é lembrado até mesmo por quem nasceu depois dessa época. O personagem foi vivido por diversos atores, mas este tem muita história para contar. Tanto que um filme sobre sua vida estreou essa semana nos cinemas, “Bingo, o Rei das Manhãs”. Apesar do longa não assumir os nomes oficiais, o diretor Daniel Rezende disse em entrevista para Danilo Gentilli que sua obra é totalmente baseada na história de Arlindo Barreto, o primeiro Bozo.
Mas, o que talvez muitos não sabiam é que após enfrentar grandes dificuldades com drogas e prostituição, Arlindo, que antes de viver o palhaço era ator de pornochanchada, se converteu e hoje é pastor da Congregação Batista Brasileira. Mas, antes de conhecer o Arlindo pastor, é necessário entender como se deu sua transformação de vida. Assim como Augusto, personagem retratado no filme de Rezende, Arlindo não poderia revelar em hipótese alguma que era Bozo, segundo uma das cláusulas de seu contrato.
Mas, de acordo com o pastor, um fato foi catalizador para que ele adentrasse no mundo das drogas e álcool, a morte de sua mãe. “Sou filho de uma grande atriz já falecida, chamada Márcia de Windsor, que teve uma influência muito importante em minha vida”, diz ele em texto biográfico. “O que de ruim aconteceu foi durante o auge do sucesso, a morte da minha mãe afetou profundamente o meu emocional, e me tornei uma pessoa profundamente triste, ficando até mesmo dependente de drogas”, ressalta.
Mudança de vida
“Na convenção, submeti ao mais difícil concílio que um homem de Deus pode se dispor, a convenção Batista do Estado de São Paulo, tendo sido aprovado com excelência e sendo ordenado como pastor da CBSP, membro da ordem dos pastores Batistas de número 1842, evangelista nacional camisa 10 do exercito de Deus. Recebi a honra de ser o coordenador do projeto Hidrovia Tietê, que tem como instrumento de evangelização um barco que subia o rio Tietê levando ajuda a população das cidades ribeirinhas”, conta.
“Ao longo dos 2.500 quilômetros, distribuímos alimentos, roupas remédios, Bíblias. Uma equipe de mais de 175 profissionais da área de saúde que gratuitamente atendia nos consultórios, e realizava cirurgias nas fazendas, demonstrando o verdadeiro amor de Deus”, colocou o pastor. Apesar de contar com contribuições históricas de Arlindo, vale ressaltar que o filme contém cenas de sexo e consumo de drogas. Fica o alerta do Guiame para quem deseja conferir o longa.
(Gospel Prime)