Um roteirista e produtor de cinema disse que muitos dos personagens da Bíblia Sagrada – masculinos e femininos – eram, na verdade, pessoas “com seu própria gênero”.
Peter Toscano é ator – e também chegou ser um estudioso da Bíblia – antes de assumiu sua homossexualidade no final da década de 90. Agora ele lançou um filme chamado “Transfigurations” (“Transfigurações”), inspirado um drama que ele escreveu há alguns anos.
Na produção de quase duas horas de duração – na qual uma pessoa interpreta vários personagens bíblicos masculinos e femininos de maneiras não tradicionais – Toscano afirma que muitas histórias da Bíblia – particularmente no Antigo Testamento – englobam a fluidez de gênero.
Em uma entrevista ao jornal ‘The Blaze’, Toscano – que também é um ativista gay atualmente – disse que ele fez essa dedução com base em “uma leitura atenta do texto”.
“Eu uso métodos muito tradicionais de interpretações para que os evangélicos possam ouvir o que eu disse e responder: ‘Sim, isso está realmente no texto. Eu entendo o que você está dizendo”, disse ele.
Tal ‘teoria’ vem sendo defendida por Toscano há anos. Já em 2013, durante uma palestra na Universidade Vanderbilt em Nashville, Tennessee (EUA), ele afirmou aos estudantes presentes na ocasião que a personagem Débora – a única juíza citada em toda a Bíblia e relatada no Antigo Testamento – era uma mulher “de gênero diferente” das mulheres tradicionais de seu tempo. Afinal, “ela era simultaneamente uma profetiza, juíza e guerreira”.
Toscano também citou a história de Esaú e Jacó – também no Velho Testamento – para tentar “justificar” sua teoria.
O ator e ativista gay afirmou que o primogênito Esaú cresceu para se tornar “um caçador hábil” e “um homem de campo aberto”, enquanto Jacó “se contentava em ficar em casa entre as tendas” – uma característica, segundo Toscano, “mais feminina”.