O impacto da explosão que destruiu um posto de combustíveis no km 174 da Rodovia Washington Luís, em Rio Claro, no interior de São Paulo, na noite desta quarta-feira (30), foi sentido a cerca de 10 km de distância do local do acidente.
Morador de um condomínio residencial de prédios, no bairro Consolação, situado a aproximadamente 1 km do posto de combustíveis onde ocorreu a grande explosão, estudante de doutorado em Biotecnologia da Unesp Luan Adames voltava da universidade quando sentiu o tremor, logo depois de estacionar o carro na garagem.
“Foi impactante. Teve um ‘delay’ do tempo do ‘clarão’. Demorou uns 30 segundos para vir o barulho do estouro. Na hora, não entendi muito bem o que estava acontecendo. Foi bem assustador. Foi tão forte que, uns minutos depois, um amigo que mora a uns 10 km da minha casa mandou mensagem perguntando sobre o estrondo. E ele estava bem mais longe do posto”, contou.
Luan disse que a coloração do céu mudou e a força da explosão provocou abalos nas janelas dos prédios. Inicialmente, ele ouviu apenas o barulho da explosão. Depois, viu as chamas e toda a movimentação das ambulâncias e viaturas do Corpo de bombeiros e da Polícia Militar.
“Vi que o céu ficou vermelho, bem forte e claro. E já era noite. Demorou alguns segundos e veio a explosão. Balançou o prédio. Deu para escutar as janelas tremendo e ver muita fuligem. Daí deu pra ver que era uma explosão”, completou.
Segundo o universitário, os moradores do condomínio — são seis blocos de edifícios com quatro andares — desceram por receio de que algo estivesse ocorrendo no condomínio. “Teve gente que acho que o prédio estava caindo. Mas deu pra ver do outro lado que o pessoal já indicou que era o posto que explodiu”.
O estudante revelou ainda que, em razão do acidente, recebeu um e-mail da empresa que administra o condomínio sobre a interrupção do abastecimento de água devido à explosão. “Era para ser feito racionamento porque teria problemas com o abastecimento de água”, disse. Segundo Luan, apesar dos relatos de janelas tremendo, aparentemente não houve danos no condomínio.
Fonte: R7