A Associação Brasileira de Ateus processou o presidente Jair Bolsonaro por uma live realizada em abril com pastores e padres. A entidade diz que a transmissão na TV Brasil incorreu em proselitismo religioso, vedado por lei.
O evento aconteceu no domingo de Páscoa, em 12 de abril, onde líderes religiosos participaram ao longo de 2 horas e 19 minutos de uma transmissão ao vivo com Bolsonaro, celebrando a data e transmitindo mensagens de paz. A live foi exibida, como de costume, nas redes sociais do presidente, mas também na TV Brasil.
O uso da programação da emissora pública para o encontro virtual com representantes do cristianismo e do judaísmo violou a Constituição, o princípio do Estado laico e a legislação que criou a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), diz a Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos).
A entidade entrou na Justiça contra o governo federal, o presidente da República e a EBC pedindo que Bolsonaro fique proibido de repetir iniciativas do tipo e seja condenado a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos. O caso está na Justiça Federal do Distrito Federal.
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