Agora é oficial. A Assembleia de Deus do 1º Distrito de Rio Branco não pertence mais às convenções estadual e nacional da denominação religiosa.
A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária na noite de ontem, terça-feira, 09.01, no templo sede da entidade, na rua Antônio da Rocha Viana, no bairro Vila Ivonete, em Rio Branco, pelo voto unânime da igreja.
A tradicional igreja deixa a CGADB e a Ceimadac para se filiar, depois de 75 anos, à CADB (Convenção das Assembleias de Deus no Brasil), entidade eclesiástica fundada no dia 02.12.17 em Belém do Pará, na chamada “igreja mãe” da instituição no Brasil. A CADB é comandada pelo pastor Samuel Câmara e conta com pelo menos 20 mil pastores já inscritos. Mas esse número deve aumentar com mais adesões Brasil afora.
No longo culto, que foi conduzido pelo Pastor Luiz Gonzaga de Lima, presidente da Assembleia de Deus no 1º Distrito, também foram apresentados os líderes de congregações, departamentos da instituição e pastores das chamadas regionais da igreja, um rito que ocorre anualmente na primeira semana de janeiro.
A votação foi presenciada pelo pastor Pedro Abreu de Lima, presidente da Convenção de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Acre, e seus auxiliares, que permaneceram no culto, do início ao final, sentados em bancos reservados para obreiros.
O pastor Luiz Gonzaga direcionou seu extenso sermão para temas relacionados a religiosidade e o que ele chama de “denominacionalismo”.
Pr Pedro Abreu (Atual presidente da CEIMADAC) esteve presente com seus pastores. Ele diz que vai ingressar na justiça contra decisão da Assembleia Geral da AD de Rio Branco
Citou diversas passagens bíblicas, entre elas a que afirma que “as portas do inferno não prevalecerão contra o avanço da igreja”.
“Religiosidade e denominacionalismo, estes sim são manipuláveis. A preocupação de Deus é com a igreja dele. Convenção é uma associação de pastores, e a CF garante a qualquer membros destas instituições saírem ou permanecerem pelo tempo que acharem convenientes”, afirmou Gonzaga.
O sermão de Luiz Gonzaga foi um misto de mensagem bíblica com desabafo. Ele lembrou que durante o tempo em que esteve na presidência da Ceimadac não havia a “politicagem” que há atualmente na entidade.
Também chegou a citar o exemplo do regime chavista da Venezuela ao fazer um paralelo sobre a manipulação do sistema eleitoral/político/eclesiástico que há na CGADB e Ceimadac. “Desde Hugo Chavez o sistema de governo da Venezuela é manipulado, mesmo se declarando como um regime democrático.”
O presidente da Assembléia de Deus se referiu a Reforma Protestante para justificar o desligamento. Para ele, a igreja, apesar de admitir, parece ter medo de uma reforma.
“Pense num povo que tem medo de reforma somos nós. Gostamos muito de fazer seminários sobre Reforma Protestante, mas temos medo de reforma”, lembrou.
Enquanto a CGADB se desmancha Brasil afora, o presidente interlocutorio da CGADB está de férias com a família, sem data prevista para retorno.
Fonte: a24horas