Criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial de Combate à Asma é lembrado toda primeira terça-feira do mês de maio. A data tem como objetivo divulgar informações e prevenir o agravamento dos sintomas da doença.
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que se caracteriza pela dificuldade de inspirar e, principalmente, de expirar o ar. A enfermidade é desencadeada por fatores alérgicos, como poeira, ácaro, pelo de animais, fumaça, mofo, perfume, produto químico e medicamentos, mas também pode estar relacionada a mudanças climáticas, exercício físico intenso ou estresse emocional.
Alguns alimentos também devem ser evitados por quem tem a doença, como chocolates e doces, comidas condimentadas, leite, café, frituras e alimentos gordurosos, entre outros. Dentre os sintomas estão falta de ar, chiado e aperto no peito, tosse seca e persistente e fôlego curto, A doença não tem cura, mas pode ser controlada. O diagnóstico é feito pelo teste de função pulmonar ou espirometria, exame realizado para medir o volume e a velocidade do ar que entra e sai dos pulmões.
A origem da asma é hereditária e alguns dos fatores que podem agravar a doença são a insônia e a obesidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), as crises de asma são mais frequentes em pacientes que têm problemas para dormir. Além disso, pessoas que sofrem de asma e insônia costumam ter mais depressão e sintomas de ansiedade.
Asma e Covid-19
O pneumologista do Sistema Hapvida, Pedro Pompeu, explica os principais cuidados que os asmáticos precisam ter nessa época de pandemia. “Então, a grande dica nesse período é manter o tratamento, lembre-se que a asma é uma doença crônica, mesmo que você não tenha sintomas, você não deixou de ter a doença. O diabético quando está se sentindo bem, ele não deixa de ser diabético, da mesma forma o hipertenso. É fundamental que você mantenha a sua doença sob controle, porque entre outras coisas, o que nós como médicos não queremos é que o asmático tenha que ir a uma emergência do hospital por descontrole dessa doença em meio a essa pandemia. Ele pode ir lá com uma doença e acabar saindo com duas, no caso correndo o risco de ter se contaminado com Covid-19”.
“A asma é uma doença hereditária como já falamos e se assemelha como um iceberg, o que a gente vê da doença são os sintomas (tosse, chiado, falta de ar), mas por trás disso há todo um outro conjunto de manifestações que não são clínicas, mas que vão acontecendo no organismo, isso nós chamamos de risco futuro. Por exemplo, porque alguém toma remédio para colesterol todos os dias se não sente nada? Justamente por conta desse chamado risco futuro. Então você que tem asma nunca abandone ou mude seu tratamento, a não ser por ordens médicas. Não se baseie no que você está sentindo ou não, porque boa parte desta doença é subclínica, e não dá sintomas”, finaliza.