O prefeito de Manaus, Arthur Neto, estava em Brasília no Supremo Tribunal Federal (STF), um dia depois da presidente da corte, ministra Cármen Lúcia, homologar como oficiais as delações da empreiteira Odebrecht.
Ele é conhecido como “Kimono” no escritório de propina da Odebrecht e aparece na lista de políticos que receberam dinheiro vivo para agir em Brasília em nome da construtora. O prefeito não confirmou que tenha ido ao STF tratar desse assunto. E sobre o seu nome na lista da Odebrecht, Arthur disse: “Isso é uma brincadeira de mau gosto”. E que não está preocupado com isso.
O prefeito disse que está mesmo preocupado é com o juiz Sérgio Moro, da operação Lava Jato, porque lhe disseram que o magistrado estaria recebendo supersalário. “Não devo nada a ele e nem a ninguém”.
E mandou um recado ao juiz da Lava Jato: “Minha vida é regular e limpa, a ponto de eu dizer isso frontalmente a ele ”. Arthur complementou dizendo que não tem nenhum receio por ter sido citado na delação da Odebrecht e que está solidário quanto à situação dele caso realmente esteja recebendo supersalário. “Seria uma decepção que me faria chorar todas as noites, antes de rezar”.