Arqueólogos encontram novas provas da destruição do Segundo Templo, em Jerusalém

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Foto: IAA

Novas evidências da batalha por Jerusalém há 2.000 anos, na véspera da destruição do Segundo Templo, foram reveladas pela Autoridade de Antiguidades de Israel e pela Autoridade de Natureza e Parques.

Pontas de flechas e bolas de pedra foram descobertas na rua principal que subia dos portões da cidade e do Tanque de Siloé até o Templo. Os artefatos foram descobertos durante escavações dos últimos anos, que foram financiadas pela ‘Sociedade Cidade de Davi’.

As descobertas ajudam a contar a história da última batalha entre as forças romanas e os rebeldes judeus que haviam montado barricadas na cidade. O conflito resultou na destruição de Jerusalém e foi descrito pelo historiador Flávio Josefo – que viveu nos dias da batalha por Jerusalém e a registrou ‘in loco’ a destruição da cidade no ano 70 dC.

“No dia seguinte, os romanos, tendo expulsado os rebeldes da cidade, incendiaram tudo até Siloé”, escreveu Josefo.

De acordo com Nahshon Szanton e Moran Hagbi (diretores da escavação), as descrições de Josefo sobre a batalha na cidade mais baixa foram pela primeira vez comprovadas de forma clara e concreta com estas novas descobertas.

As bolas de pedra disparadas por catapultas usadas para bombardear Jerusalém durante o cerco romano da cidade, foram descobertas nas escavações. As pontas de flechas, usadas pelos rebeldes judeus nas duras batalhas contra os legionários romanos, foram encontradas exatamente conforme os relatos descritos por Josefo.

Até agora, uma parte da estrada, com cerca de 100 metros de comprimento e 7,5 metros de largura, pavimentada com grandes lajes de pedra como era o costume na construção monumental em todo o Império Romano, já foi exposta pelas escavações.

A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) disse que até agora as escavações arqueológicas reforçam a compreensão de que ‘Herodes, o Grande’ não foi o único responsável pelos grandes projetos de construção de Jerusalém no final do período do Segundo Templo.

A IAA informou que pesquisas recentes indicam que a rua foi construída após o reinado de Herodes, com o apoio dos procuradores romanos de Jerusalém, e talvez mesmo durante o mandato do governador romano Pôncio Pilatos, que condenou Jesus à morte por crucificação.

Szanton e Hagbi disseram: “Esta conclusão, de fato, lança uma nova luz sobre a história de Jerusalém e o final do Segundo Templo, reforçando o reconhecimento da importância da autoridade dos procuradores romanos na formação do caráter de Jerusalém”.

“Dois mil anos depois da destruição de Jerusalém e 50 anos após sua libertação, vamos voltar às cisternas de água, ao mercado e à praça da cidade na véspera da sua destruição”, acrescentou.

De acordo com o Dr. Yuval Baruch, arqueólogo da região de Jerusalém para a Autoridade de Antiguidades de Israel, as escavações devem continuar por mais cerca de cinco anos e mais provas contundentes devem ser encontradas.

“Pretendemos descobrir todo o comprimento e largura da rua dentro de cinco anos e, assim, completar a escavação deste local único, que já chamou a atenção dos arqueólogos de todo o mundo, cerca de 100 anos atrás”, contou.

“Na verdade, pode-se considerar as escavações atuais, financiadas pela ‘Cidade de Davi’ como uma continuação natural das escavações arqueológicas anteriores, feitas no local, que foram iniciadas no passado por estudiosos europeus e americanos. Cerca de quatro anos atrás, as escavações arqueológicas foram renovadas ao longo da rua, desta vez, a fim de expor seu comprimento total e largura. Quando as escavações forem concluídas, o que restou da rua será conservado e preparado para receber as dezenas de milhares de visitantes”, acrescentou.

Fonte: Guiame

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