O pastor evangélico Peter Sewakiryanga decidiu combater essa prática atroz. Ele se juntou a políticos e policiais na tentativa de acabar com os sacrifícios e prender os responsáveis.
Seguindo tradições locais, os feiticeiros ensinam que quando alguém sequestra uma criança, acaba obtendo riquezas e proteção, explica Peter. Ele criou o Ministério Kyampisi de Cuidado Infantil, uma organização cujo objetivo é acabar com o sacrifício de crianças em Uganda. Ele descreve o ritual brutal praticado pelos feiticeiros.
“Quando eles pegam uma criança, na maioria das vezes cortam seu pescoço, drenam todo o sangue, tiram partes da pele, cortam a genitália ou outras partes do corpo que, segundo eles, são pedidos dos espíritos”, detalha.
O líder cristão diz que esse problema está aumentando e muitas crianças são mortas. “Existem poucos casos de sobreviventes, pois a maioria acaba morrendo”, contou.
Segundo o detetive Emmanuel Mafundo, que investigou alguns desses casos, há empresários que encomendam sequestros e sacrifícios para terem “sorte” nos seus negócios. Em um caso recente, um homem confessou ter pago U$ 1,400 pela morte de um menino de três anos, filho de seus vizinhos.
A Autoridade de Antiguidades de Israel revelou a descoberta de dezenas de objetos do século 1, que permitem que os historiadores compreendam melhor a vida na época de Jesus Cristo. Entre as dezenas de objetos descobertos na região de Jerusalém e na Galileia, onde Jesus viveu, estão utensílios de cozinha, restos de lagares para o vinho, vaso, ossários com inscrições em hebraico e pregos das crucificações.
“Podemos descrever de forma precisa a vida cotidiana desta época, desde o nascimento, por meio dos costumes alimentares e das viagens, até a morte, com os ritos funerários”, explica Gideon Avni, diretor da divisão arqueológica da Autoridade de Antiguidades.
A Autoridade conserva mais de um milhão de objetos descobertos em escavações e todos os anos recebe mais de 40 mil novos provenientes de 300 lugares, segundo Avni. Também foram apresentadas moedas da época bizantina descobertas durante escavações nos vestígios de um edifício utilizado pelos peregrinos cristãos, perto de Jerusalém. Essas moedas datam dos séculos 4 e 7 e foram encontradas em uma parede, como se seu proprietário tivesse tentado escondê-las, segundo depoimento arqueóloga Annette Landes-Nagar, para o site da Revista Veja.
“Nestes últimos 20 anos, avançamos na compreensão do modo de vida de Jesus e de seus contemporâneos. A cada semana são descobertos novos elementos que permitem conhecer melhor este período. O mais interessante é que encontramos em alguns ossários nomes de personalidades conhecidas graças aos textos desta época”, declarou o professor.
Israel é um dos lugares mais escavados do mundo — mais de 300 escavações ocorrem a cada ano, incluindo cerca de 50 expedições de países estrangeiros como Estados Unidos e Japão, segundo a Autoridade de Antiguidades. Esta descoberta constitui uma prova da invasão persa no fim do período bizantino, que levou ao abandono deste local cristão, segundo entrevista de nagar à AFP.