O Arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Antônio Moreira, expressou sua perplexidade diante das medidas estabelecidas pela prefeitura local devido à pandemia de Covid-19, as quais impõem mais restrições a igrejas do que a praças de alimentação.
Entre as medidas está a determinação de que templos religiosos funcionem com, no máximo, 20% da capacidade e que Missas e cultos tenham duração máxima de 45 minutos.
No entanto, as praças de alimentação em todos os empreendimentos comerciais poderão funcionar com, no máximo, 50% de capacidade.
Diante disso, Dom Gil Antônio afirmou que é “incompreensível por que praças comerciais de alimentos podem funcionar com 50% de sua capacidade de fregueses, sem restrição de horários, e as igrejas, que são lugares muito mais seguros, que cuidam com muito mais rigor do distanciamento, uso de máscara, higienização das mãos repetidas vezes numa única celebração, tapetes químicos e medição de temperatura, devem funcionar apenas com 20% do espaço e restringir suas celebrações em apenas 45 minutos”.
“Leve-se em consideração que estamos para celebrar, nas igrejas, a segunda mais importante liturgia do ano, que é o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, festa que se caracteriza pela harmonia, pela ternura e pela paz. Incompreensível!”, concluiu.
No último dia 1º de dezembro, o Arcebispo havia determinado a suspensão da participação presencial em celebrações e da realização de sacramentos até o dia 15 de dezembro. A decisão foi tomada devido ao novo aumento do número de casos e mortes em decorrência da Covid-19 na região, segundo informações do Portal do Trono.
Dom Gil deu liberdade aos párocos e administradores de paróquias do interior com relação à realização de Missas ao ar livre e para cumprir os agendamentos já realizados pelos fiéis.