Após obter habeas corpus, Pazuello depõe à CPI da Covid nesta quarta

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O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello prestará depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (19), pouco mais de dois meses após deixar o cargo. A presença do ex-titular da Saúde é uma das que geram maior expectativa, já que ele foi o ministro que ocupou a pasta por mais tempo ao longo da pandemia – aproximadamente dez meses.

Inicialmente, o ex-ministro seria ouvido no dia 5 de maio, mas o Comando do Exército informou à CPI que o ex-ministro estava em quarentena após ter tido contato com duas pessoas diagnosticadas com covid-19. Após isso, o ex-ministro conseguiu no STF (Supremo Tribunal Federal) um habeas corpus para que possa ficar em silêncio em perguntas que possam incriminá-lo durante o depoimento desta quarta, marcado para começar às 9h.

Ele não poderá deixar de responder, no entanto, sobre fatos relacionados a terceiros, como o presidente Jair Bolsonaro.

O general deverá ser questionado sobre a vacinação contra a covid-19, mais especificamente sobre as negociações com a Pfizer e as ofertas realizadas pelo laboratório no ano passado, que não renderam uma contratação imediada. Ele deverá responder ainda sobre a aposta por cloroquina e tratamento precoce, falta de insumos como oxigênio e do kit intubação e sobre um suposto gabinete paralelo voltado a decisões do governo sobre o combate à pandemia do novo coronavírus.

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), e os senadores Randolfe, Girão e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) são os autores dos requerimentos de convocação de Pazuello. Em seu requerimento, Rodrigues destacou que, na gestão Pazuello, o ministério apresentou um Plano Nacional de Vacinação apenas em dezembro de 2020, após exigência do STF.

Pazuello prestará o primeiro depoimento na terceira semana de funcionamento da CPI da Covid. Antes, já falaram aos senadores os ex-ministros da Saúde como Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga; o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres; o ex-secretário de Comuniação Fabio Wajngarten; o ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo; e o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo.

 

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