76 meninas foram libertas na manhã da última quinta-feira (21), após uma intervenção do governo da Nigéria durante a madrugada.
De acordo com Mahammud Buhari, presidente do país africano, o governo optou por uma negociação e descartou uma ação limitar, para garantir a integridade física e a libertação das meninas. Para o Ministro da informação, Lai Mohammed, o resgate foi resultado de um trabalho em conjunto e foi realizado sem nenhuma forma de pagamento.
As 76 meninas libertas faziam parte de um grupo de 110 garotas sequestradas de uma escola em Dapchi, nordeste da Nigéria, onde jihadistas invadiram e lançaram explosivos no dia 19 de fevereiro deste ano. De acordo com relatos, os terroristas estariam em carros de exército e teriam dito às meninas que estavam ali para protege-las. Aisha Alhaji Deri, de 16 anos, conta que, antes de serem libertadas, as crianças receberam ameaças. “Eles nos trouxeram de volta esta manhã e disseram que deveríamos ir direto para casa e não para o exército, se não eles nos pegariam de volta”. Os criminosos teriam, ainda, ameaçado repetir o ato caso as meninas voltassem para a escola.
O Boko Haram, grupo islâmico radical que em oito anos de atuação matou cerca de 20 mil vidas e obrigou dois milhões de pessoas a fugir de ataques, não se pronunciou sobre a libertação. Assim que liberadas, as 76 meninas foram levadas para o hospital de Dapchi e estão sob custódia da agência nacional de inteligência, sem permissão para ver os pais.
