Apesar da perseguição religiosa, universidade evangélica se fortalece na Coreia do Norte

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Foto: Reprodução/Internet

A maioria dos ocidentais imaginam a Coreia do Norte como um país comunista e cheio de habitantes ignorantes, sem educação de qualidade. Eles também podem até pensar no país como um lugar onde os estrangeiros não são bem-vindos e podem ser expulsos a qualquer momento. Portanto, o que será relatado agora pode ser uma surpresa. Uma universidade de ensino evangélico está crescendo na capital.

Constituída por uma rede internacional, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang parece uma escola particular asiática comum, com seus terrenos bem cuidados e estudantes que parecem elegantes, em uniforme de casaco e gravata. Mas existe uma diferença mais importante.

Desesperado pela educação de alto nível, a liderança norte-coreana permitiu que a universidade começasse a operar em outubro de 2010 com um conjunto de condições. Isso incluiu o uso de um currículo e materiais aprovados apenas pelo governo e uma proibição entre seus 90 voluntários estrangeiros sobre o proselitismo para os estudantes. A escola de educação evangélica pode ensinar muitas coisas, mas a religião não é uma delas.

O corpo docente, muitos dos quais são missionários coreano-americanos, tem que ter cuidado com suas ações. Um professor americano foi deportado por tentar dar a um aluno uma Bíblia. Dois instrutores, um deles pastor, foram presos por acusações ainda desconhecidas.

A universidade oferece cursos de ciência da computação, agricultura, finanças internacionais e gestão, todos ensinados em inglês para crianças escolhidas a dedo. Isso fez com que a escola fosse criticada positivamente, por proporcionar valiosos conhecimentos e habilidades para pessoas que podem um dia usar tais ensinamentos.

Alguns podem pensar que estar em contato direto com os futuros líderes da Coreia do Norte é uma oportunidade para doutriná-los com o pensamento pró-ocidental, mas os alunos foram instruídos a denunciar quaisquer comentários subversivos e os alunos ainda são obrigados a frequentar uma aula semanal na ideologia estatal da “auto-suficiência”.

Mas para os professores, apenas o pensamento de mudar a visão das crianças sobre os estrangeiros em uma luz positiva vale o risco. “Eu não sou capitalista, não sou comunista, eu prego o amor”, disse o fundador da universidade, Kim Chin-kyung.

A história de Kim é comovente. Em um campo de batalha da Guerra da Coreia em 1950, o jovem e patriótico Kim Chin-kyung, com apenas 15 anos na época, ficou manco, ferido por estilhaços. Nos meses anteriores a esse momento, quase todos os 800 soldados da unidade do Exército da Coreia do Sul haviam sido aniquilados. Ele não tinha certeza se ele conseguiria sobreviver.

Então ele fez um acordo com seu criador. “Eu disse a Deus que se eu sobrevivesse, eu devolveria o amor aos meus inimigos”. E seus inimigos eram os soldados da Coreia do Norte e os chineses. Mais de 60 anos depois, o Dr. Kim manteve sua promessa.

Fonte: Guiame

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