O Amazonas tem 79.290 pessoas atrasadas para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde e levam em consideração a imunização em todo o estado.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Manaus, somente na capital, há 8.015 pessoas que não tomaram a segunda dose da CoronaVac e outros 7.930 faltosos da segunda dose da AstraZeneca.
Na última sexta-feira (18), o G1 já havia apontado que, somente em Manaus, mais de 16 mil pessoas ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a doença. Os dados também eram da Secretaria Municipal de Saúde.
O número preocupa a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), que emitiu um alerta sobre a ineficácia do esquema vacinal daqueles que não procuraram receber o reforço do imunizante.
“A pessoa que recebeu a primeira dose, mas não retornou para a segunda aplicação não terá a mesma imunização que alguém que realizou o esquema completo com as duas doses. Por isso é importante ressaltar que, ainda que esteja com atraso, a pessoa procure a unidade de saúde para completar a imunização”, alertou Cristiano.
A infectologista Solange Dourado, responsável por eventos pós-vacinais do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie/FVS), também falou sobre o assunto. Segundo ela, diferente de outras vacinas, a da Covid-19 só atinge sua eficácia máxima se tomadas as duas doses.
“Quando o processo de imunização é iniciado, na primeira dose, o corpo produz anticorpos que irão proteger o organismo, porém a produção destes anticorpos, que são específicos contra o SARS-CoV-2, só atinge sua maior eficácia sobre a doença após a segunda dose da vacina”, explicou.
Solange ressaltou, por fim, que os efeitos colaterais das vacinas não deve ser um empecilho para quem quer se imunizar. “Quando se trata de eventos adversos, o medo é natural, mas é necessário frisar que os efeitos causados pela Covid-19 podem ser ainda piores, capazes de causar sequelas graves. A vacina, por outro lado, pode causar alguns sintomas, mas serão mais leves, sem risco de hospitalização, e, principalmente, temporários”, salientou.
Fonte: G1
