Bastante mencionado na CPI da Covid por alguns depoentes que o apontam como organizador de um gabinete paralelo que atuaria de modo extraoficial na orientação de Jair Bolsonaro (sem partido) nas ações de combate à pandemia de covid-19 no país, o ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub realizou hoje nova nova transmissão nas redes sociais para apresentar parte de sua defesa.
Durante a live, Arthur Weintraub voltou a ressaltar o próprio currículo e a argumentar que atuava como ponto de contato entre cientistas e o presidente, de quem disse ter se aproximado por sua condição de pesquisador. Também repetiu críticas feitas por presidente à OMS (Organização Mundial da Saúde).
“Em fevereiro de 2020 começou a discussão, chegou ao governo algumas informações, e era o que estava à disposição pública. Diante daquele quadro que tinha de emergência, não se tinha ainda a dimensão do problema. Ou era [grande] demais, de que de 2 a 4 milhões de brasileiros que iriam iam morrer, ou era de que seria uma gripe como a influenza. Era muito difícil ter a dimensão.”
A transmissão aconteceu no perfil de seu irmão, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, também presente, que o defendia enfaticamente e, ecoando fala de Bolsonaro em suas últimas aparições públicas, criticou de forma indireta os protocolos de contenção da pandemia do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, defensor do isolamento social e crítico do uso de medicamentos sem uso comprovado para a covid-19, como a cloroquina.
O ex-ministro voltou a mencionar que ambos foram infectados pelo novo coronavírus, segundo ele, por uma cepa “virulenta”. “Tomamos os remédios todos. Tomamos sim! […] Eu, como usuário dos medicamentos que eu usei, eu diria que, sim, ele gera um impacto muito positivo diante de um quadro de uma doença grave como esse. Eu fiz esse tratamento para a minha família, as pessoas que eu mais amo ao meu redor”, afirmou. “A gente não é médico, mas eu posso dar o testemunho, assim como o novo testamento é um testemunho.”.
Abraham não especificou que remédio tomou e evitou termos como “cloroquina” e “tratamento precoce”, historicamente defendidos por ele, mas evitados por aliados do presidente desde que o assunto se tornou alvo na CPI. “O principal é o seguinte, vocês veem com todo esse relato que o presidente estava preocupado em salvar vidas”, reforçou.
Fonte: Uol