Na última quarta-feira (8), o Tribunal Constitucional da Alemanha exigiu que o Parlamento do país reconheça legalmente o “terceiro gênero” nos documentos administrativos. Caso a exigência fosse acatada pelo governo, a Alemanha poderia se tornar o primeiro país da Europa a ter esta opção nos documentos oficiais.

O tribunal que tem sede em Karlsruhe pede aos deputados que seja introduzida nos documentos uma menção que poderia ser “inter”, “diverso” ou qualquer outra “designação positiva de sexo”.

Em 2013, a Alemanha já havia aprovado uma medida que permitia ao cidadão não preencher nenhum espaço relativo ao gênero ou identidade sexual (masculino ou feminino) nos cadastros. A normativa considerava que a pessoa poderia “ao longo de sua vida, optar pelo sexo masculino ou feminino, ou manter o gênero não revelado”.

Já em 2016, a nova proposta de considerar nestes mesmos documentos a opção de um “terceiro gênero” foi rejeitada pela Corte Federal da Justiça (uma instância inferior ao Tribunal Constitucional), considerando que tal reconhecimento “não seria legal”.

Porém a demanda de uma pessoa que se autodenomina “intersexual” – nascida em 1989 e registrada com o sexo feminino – foi apoiada por uma associação favorável ao reconhecimento do “terceiro gênero”, que recorreu à à principal jurisdição do país.

A demandante apresentou aos juízes “análises cromossômicas que mostravam que não era nem homem nem mulher”.

Ideologia de gênero

É inevitável associar este tipo de solicitação do Tribunal Constitucional da Alemanha ao avanço da ideologia de gênero – não somente na Europa, mas também em outras partes do mundo, como Estados Unidos e Brasil.

Os efeitos desta doutrinação já estão sendo amplamente sentidos em diversos contextos, como do Reino Unido, que tem visto uma elevação alarmante do número de crianças que ingressam em tratamentos de disforia de gênero (distúrbio psíquico gerado pela incerteza sobre a identidade de gênero).

Segundo o procurador e especialista em educação, Guilherme Schelb, a ideologia de gênero não é um conceito novo, mas sim já previsto na doutrinação marxista, com o objetivo claro de destruir por completo as estruturas da Família e formar adultos vulneráveis à manipulação ideológica.

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