Alan Ruchel após o acidente com avião da Chapecoense, afirma: “Minha primeira missão foi mostrar que Deus existe”

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Foto: Reprodução/Internet

O lateral-esquerdo, Alan Ruschel, sobrevivente da queda do avião da Chapecoense há  8 meses, retornará aos jogos no amistoso com o Barcelona, marcado para o dia 7 de agosto, na Espanha.

Segundo ele, o sentimento de voltar a fazer o que ama, é muito gratificante. “[Tenho] o sentimento de agradecimento a Deus por me dar uma segunda chance de fazer aquilo que eu mais gosto. Foi uma alegria muito grande sentir tudo isso de novo”.

Ele está entre os seis sobreviventes do avião da Chapecoense que caiu a caminho de Medellín, na Colômbia, matando 71 pessoas. Mesmo tendo enfrentado a maior tragédia de sua vida, o jogador continua agradecido a Deus.

“Só Deus mesmo por ter me deixado aqui, por estar realizando esse sonho de novo. A coisa que eu mais amo e sei fazer é jogar futebol. Depois de tudo o que aconteceu, de toda essa tragédia, eu quero servir de exemplo para muita gente. Exemplo de superação, de força, de uma pessoa que busca o seu objetivo”, declarou o sobrevivente.

Sua fé foi fortalecida pelo milagre que ele se tornou. “Eu nunca questionei a Deus o porquê de tudo isso. Eu tento transformar esse ‘por que’ em ‘para que’ eu fiquei aqui. A minha primeira missão foi mostrar que Deus existe. Não tem outra explicação. Foi um milagre de Deus”, destacou o atleta.

O lateral-esquerdo diz que desde o início os médicos deixaram claro que haviam poucas possibilidade de ele voltar a atuar no futebol. Mas com o uso da fé, empenho e apoio ele conseguiu superar as limitações físicas. “Quando saí do hospital de Chapecó, vi que eu queria voltar a jogar e passaria mais uma vez por esse obstáculo. Recebi o apoio da minha família, minha esposa, de todo mundo no clube e de todos que oraram por mim”.

“Nunca sabemos o que vai acontecer daqui cinco minutos. Então, procuro viver bem e melhor a vida. Procuro aproveitar da melhor maneira possível. Antes, a gente deixava as coisas para depois. Então, o que eu posso fazer agora, não deixo de fazer. Não adio mais nada na minha vida. Procuro aproveitar tudo do melhor jeito possível, é isso que prevalece. E agradecer sempre a Deus, porque a gratidão é o exemplo mais bonito que existe na vida”, refletiu.

Para ele, falar no assunto já é menos doloroso. “Hoje já me sinto um pouco mais tranquilo. Logo no começo, a emoção vinha, e falar de todos que perdemos… Mas me sinto mais tranquilo, até porque a minha vida precisa continuar. As pessoas da minha família precisam de mim”, finalizou.

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