Agora preso, pastor Everaldo prega para companheiros de presídio

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Presidenciável em 2014, Pastor Everaldo foi preso em agosto por suspeita de corrupção em contratos do governo de Wilson Witzel. Em Bangu, aproveitou o tempo livre para refletir e voltar ao ofício de origem: Pastor Everaldo agora prega ao rebanho de detentos. As informações são da Veja.

Além do sermão atrás das grades, Everaldo colocou os pecados no papel e tenta uma vaga no purgatório dos delatores para deixar Bangu. Além de enterrar Witzel e outros parceiros de esquema, Everaldo vai escancarar a roubalheira na Cedae, a estatal de saneamento do Rio — que vive um impasse sobre sua possível privatização.

As investigações no Rio devem ganhar capítulos tormentosos com o fim da eleições municipais. Além de Everaldo, há outros delatores em ponto de bala.

As investigações tomam por base a delação premiada do empresário Edson Torres, que acabou deflagrando operações no estado.

A PGR classificou o Pastor Everaldo, inclusive, como sendo um “veterano da corrupção”, segundo a revista Veja. Em seu depoimento, Edson Torres afirmou aos promotores que a influência do presidente do PSC vem desde os anos 1990 sobre a companhia de águas do Rio, a Cedae.

Nas palavras do empresário carioca, Pastor Everaldo usa a empresa pública do estado do Rio “como instrumento próprio para exercício de poder, loteamento de cargos e uso do orçamento em benefício próprio desde a década de 90, ao lado de Eduardo Cunha”.

A PGR sustentou na denúncia também que o presidente do PSC detém o comando do gigantesco orçamento da Secretaria de Saúde do RJ, além do Detran e da Cedae. O pastor recebe algo em torno de 20% de toda a propina arrecadada pela organização criminosa.

Segundo o Ministério Público, Pastor Everaldo agia junto com o filho, Filipe Pereira. A denúncia afirma que eles vêm “atuando até os dias atuais não apenas no recebimento de vantagens indevidas, mas também na obstrução das investigações”, tendo feito uma tentativa de “alinhar discurso” com o ex-secretário de Saúde Edmar Santos, que foi preso e virou delator, “para criar uma versão que justificasse os atos ilícitos praticados pelo grupo”.

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