Eles estavam entre quase 50 pessoas mortas em ataques coordenados contra duas igrejas. O grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria dos atentados — realizados no Domingo de Ramos.
Padres que vivem no mosteiro dizem que a perseguição é tão antiga quanto a fé cristã.
“A história dos cristãos é assim”, disse o padre Elijah Ava Mina, em túnica preta que contrasta com a longa barba branca. “Jesus disse: ‘Estreita é a porta e difícil o caminho’.”
A cripta tem agora sete caixões, mas há espaço para mais. Ataques futuros são praticamente certos. O braço egípcio do EI já afirmou que cristãos são suas “vítimas favoritas”.
Estima-se que essa minoria sitiada corresponda a 10% da população egípcia, país de 90 milhões de pessoas de maioria muçulmana.
A maior parte dos cristãos no país pertence à Igreja Ortodoxa Copta, cuja origem é traçada desde o apóstolo São Marcos. O EI atacou o coração histórico dessa fé. Um de seus alvos foi a igreja mais antiga do Egito — a Catedral de São Marcos, no porto de Alexandria.
‘Meu filho’
Quando o autor do atentado chegou aos portões de ferro da catedral, Gergis Bakhoom tinha acabado de sair. De volta a sua pequena alfaiataria, o senhor de 82 anos soube da explosão.
Ele correu ao hospital em tempo de testemunhar seu filho mais velho, Ibrahim, dar seu último suspiro.
Fonte: BBC BRASIL